10 comidas árabes que você precisa conhecer

A cultura do Oriente Médio tem uma longa e riquíssima história que entregou ao mundo grandes feitos e realizações. A comida árabe é um dos mais belos exemplares dessa exuberância! Vem com a gente conferir os detalhes de tamanha riqueza de cores e sabores.

Comidas árabe

Existem pelo menos 10 diferentes pratos de comida árabe que você não pode deixar de experimentar: nossa lista engloba a muhammara, o pão pita, o falafel, mjadra, babaganouche, kafta, shakshouka, o famoso kibe, ataif e o knafe!

A culinária árabe como conhecemos atualmente é fruto de uma cultura antiga, rica e diversificada, composta por características particulares de diversos países desde a Ásia Ocidental até o norte e o nordeste da África, passando pelo Oriente Médio.

Ela foi desenvolvida pela proximidade de povos de múltiplas etnias com o Mar Mediterrâneo, com grandes rios como o Tigre e o Eufrates e com áreas montanhosas e desérticas, por isso é tão diversificada.

Para compreender melhor esse grande caldeirão gastronômico, vamos juntos acompanhar um pouco da formação histórica dessa culinária e viajar por receitas que ganharam o mundo? Vem com a gente!

Qual a origem da culinária árabe?

A origem dos primeiros povos árabes remonta a tribos semitas e comunidades de beduínos da Península Arábica, hoje composta pela Arábia Saudita, o Iêmen e o Omã, que, juntos, avançaram em direção à Ásia e expandiram seus impérios durante o século XII.

Na expansão, esses povos se encontraram com os persas do "Crescente Fértil da Mesopotâmia", região entre os rios Eufrates, Tigre, Nilo e Jordão que leva esse nome por ter um formato parecido com o de uma lua crescente e que corresponde ao Iraque.

O contato foi feito com relativa tolerância à diversidade cultural e assim floresceram diferentes formas gastronômicas.

A expansão do domínio árabe continuou em direção à Ásia Ocidental e às porções nordeste e norte da África, recebendo influências da culinária dos povos que hoje correspondem a países como:

  • Egito;
  • Tunísia;
  • Líbia;
  • Marrocos;
  • Irã;
  • Kuwait;
  • Líbano;
  • Síria; e
  • Turquia.

Com a ascensão do império turco-otomano a partir da atual Turquia e se estendendo pelo entorno do Mediterrâneo entre o fim do século XIII e o início do século XIX, a porção árabe que não professava a religião islâmica se sentiu pressionada a se dispersar da região e seguiu em direção a vários outros pontos do globo terrestre.

Uma parte dessa dispersão chegou às Américas e ao Brasil, mais especificamente. Assim, foi estabelecida por aqui uma grande comunidade árabe que trouxe sua cultura e gastronomia na bagagem e priorizou boas relações sociais e comerciais no país.

Então, tivemos nosso primeiro contato com a comida típica árabe como conhecemos nos dias de hoje!

Continue a leitura para conhecer mais detalhes e se surpreender com essa cozinha de ingredientes e temperos muito variados, que faz jus à pluralidade cultural e geográfica do mundo árabe moderno.

Quais os principais componentes da culinária árabe

A base da cozinha árabe é muito diversificada por causa das diferenças geográficas que influenciaram em sua composição.

Como o império árabe dominou rotas comerciais entre a Ásia e a Europa, os temperos que eram exportados por essas rotas também foram adicionados à sua gastronomia, com destaque para a pimenta-síria, a noz-moscada, a cúrcuma e o cardamomo.

A grande variedade de frutas da região do Crescente Fértil é mais um ponto a ser levado em consideração quando falamos sobre pratos árabes: uvas, pêssegos, tâmaras, damascos e figos fazem parte de várias composições, além de insumos como pepinos, castanhas, amêndoas, azeitonas, nabo e tipos diferentes de batatas, entre outras raízes.

Os grandes rios da região e o próprio Mediterrâneo forneceram aos povos uma enorme diversidade de peixes, muitos ainda presentes em diversos pratos.

A carne vermelha veio dos bois, das ovelhas e das cabras, criados pelas tribos desérticas e pelos beduínos da península, bem como a gordura e o leite, usado para coalhadas, queijos e manteigas - por exemplo, a famosa manteiga ghee.

Enfim, a conservação dos alimentos contava com a utilização de salmouras de azeite de oliva. Isso explica porque o azeite constitui um dos elementos marcantes da gastronomia árabe, né?

O cultivo de trigo e outros grãos favoreceu o estabelecimento de uma panificação muito própria dessa culinária e também permitiu uma combinação única entre massas, frutas desidratadas e temperos: aquela que a gente tem a oportunidade de degustar em um bom restaurante tradicional, mesmo aqui no Brasil!

Agora, por falar em degustação…

10 pratos para conhecer a diversidade da gastronomia árabe

Ficou com água na boca? Nós também. Vamos seguir para o prato principal do nosso artigo! Ou melhor: não apenas um, mas um verdadeiro banquete.

Conheça, a seguir, uma dezena de pratos árabes que expressam a diversidade dessa gastronomia.

1.  Muhammara (pasta de pimentão vermelho)

Muhammara

De origem síria, a muhammara é uma pasta de pimentão vermelho que leva nozes moídas e especiarias como cominho, páprica e a famosa pimenta de Aleppo. Em algumas regiões, leva também alho, melaço de romã e suco de limão ou vinagre.

Pode ser consumida com pão pita ou utilizada como molho para carnes, especialmente as grelhadas, como aquelas que compõem o kebab, um espetinho árabe de carne e vegetais.

Nos países à volta do Mediterrâneo, a pasta também compõe o "mezze": um conjunto de aperitivos, iguarias e conservas pensado para ser compartilhado entre várias pessoas.

2.  Pão pita

Pão pita

Também chamado de pão sírio ou pão árabe, o pita pode ser consumido em sua versão tradicional ou torrado, com diferentes recheios e molhos. Muitas vezes, ele funciona como um tipo de envelope para carnes, vegetais e legumes.

Os árabes têm a tradição de consumi-lo com pasta de homus, coalhada ou babaganuche. Aqui no Brasil, a gente o utiliza com frequência para preparo do famoso "sanduíche beirute", que leva rosbife, alface, tomate e, às vezes, ovo, queijo e presunto no recheio.

Sua massa leva um tipo de farinha de trigo específico e fermento biológico e é assada em alta temperatura.

O forno entre 232 oC e 246 oC na hora de assar o pita faz a água da massa evaporar e ocasiona a formação de uma espécie de "bolha de ar", que dá forma ao pãozinho.

3.  Falafel

Falafel

Muito difundido entre a comunidade árabe e apreciado por brasileiros de todas as regiões do país, o falafel é um bolinho extremamente aromático, feito com grão-de-bico do tipo "kabuli".

Além da base em grão-de-bico, ele também leva:

  • azeite;
  • alho;
  • coentro;
  • páprica;
  • cominho; e
  • pimenta-caiena.

Algumas de suas variações são empanadas com sementes de gergelim e é possível saboreá-lo mergulhado em diversos molhos ou como recheio do pão pita, junto com legumes e vegetais.

Vegetarianos e veganos também costumam consumir o falafel como alternativa à proteína animal.

4.  Mjadra

Mjadra

O Mjadra, conhecido como arroz à moda síria feito com lentilhas, é uma receita iraquiana registrada no livro "Kitab al-Tabikh", um livro de receitas árabes medievais escrito em 1226.

Esse prato é servido especialmente nas festas de fim de ano do Oriente Médio e simboliza prosperidade. Ele pode ser consumido com iogurte ou coalhada.

No seu preparo, vai arroz do tipo "basmati", diferente do normal por causa do gosto forte e do aroma de nozes, além de lentilhas. Além de azeite de oliva, sementes de cominho e coentro, pimenta-preta e sal.

Algumas variações do Mjadra substituem o arroz basmati por bulgur ou triguilho (grãos de trigo parboilizados, já secos e triturados) e os temperos por folhas de hortelã também secas.

5.  Babaganuche

Babaganuche

Muito difundido na culinária arabe, o Babaganuche é uma pasta feita com polpa batida de berinjela assada, tahine (pasta de gergelim), alho, suco de limão, azeite de oliva e sal.

Ele está entre os componentes do "mezze" sobre o qual falamos anteriormente e também faz parte do famoso "trio de pastas" consumido em restaurantes árabes do Brasil, composto por homus, babaganuche e coalhada fresca.

Você pode consumí-lo com pão pita e até mesmo acompanhando saladas refrescantes, como o tabule e o fatuch, ambos feitos principalmente de tomate e pepino.

6.  Kafta

Kafta

Uma receita com carne de cordeiro, de boi ou com uma mistura de ambas, que precisa que sua composição tenha uma boa quantidade de gordura para ficar com textura úmida e saborosa.

Ele se assemelha a um kibe ou a uma almôndega grelhados e geralmente é servido no espeto. Tem formato mais alongado e também leva o nome de "Kofta" ou, em português, "Cafta" com C.

7.  Shakshuka

Shakshuka

O Shakshuka é um prato atribuído à região de Israel, parecido com os "Huevos Rancheiros" dos mexicanos ou com os "Ovos no Purgatório" dos italianos.

Ele costuma ser servido no café da manhã com pão torrado ou pita e consiste basicamente em ovos cozidos no molho de tomate. Leva alho e cebola, azeite de oliva, sal e cheiro-verde, além de temperos diversos.

8.  Kibe

Kibe

Bolinho feito com carne moída, bulgur (truguilho) e especiarias, o kibe provavelmente é o prato mais conhecido da culinária árabe.

Consumido frito, mas também assado ou até mesmo cru - com alho extra na mistura da carne com o trigo, muito tempero e azeite de oliva - o kibe também pode ser feito com uma base vegetal de berinjela em substituição à carne.

9.  Ataif

Ataif

Aqui está um exemplo de uma sobremesa deliciosa componente da culinária árabe!

O Ataif é um tipo de pastel doce feito com massa de panqueca e recheios variados, como creme de nata. Depois, finalizado com pistache.

É comum umedecer sua massa durante o preparo, com uma calda mais fina aromatizada com especiarias e frutas cítricas, para deixá-lo ainda mais saboroso. A mesma calda é servida à parte do pastel para quem quiser regá-lo.

10.  Knafe

Knafe

Para começo de conversa, o "Knafe" pode ser chamado de várias outras formas: knafeh, knief, kunafe ou kunafeh, kunafah, kanafeh ou até künefe - com tremas no U.

Ele é mais um doce típico da cozinha árabe e tem, em sua composição, aletria (um macarrão bem fininho, semelhante ao cabelinho-de-anjo), manteiga ghee, amêndoas e nozes confeitadas com açúcar.

Leva uma calda feita com leite, açúcar e mel que vira um tipo de caramelo quando a massa vai ao forno. Depois, é regado com uma segunda calda de água, açúcar e limão. Para finalizá-lo, frutas secas!

E aí, gostou dos pratos que trouxemos para apresentar a você? São receitas verdadeiramente dignas dos salões de festas dos sultões! Se quiser experimentá-las o quanto antes, a sugestão é pedir um delivery direto para onde você estiver. Bom apetite!

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