Tipos de pimenta: quais existem, benefícios e como usá-las

Das mais suaves até as mais picantes, quando o assunto é pimenta, só pensamos em uma coisa: intensidade! Vamos juntos conhecer os principais tipos de pimenta e todos os benefícios que essa iguaria bem brasileirinha pode proporcionar a você?

Tipos de pimenta

Dedo-de-moça, biquinho, malagueta, pimenta-rosa, caiena e pimenta-do-reino, elas são assim: ou você ama ou odeia! Os tipos de pimenta variam desde as mais leves até as mais picantes, são usadas em diferentes pratos e oferecem uma série de benefícios para quem as consome.

É comum associarmos a pimenta ao seu sabor forte e ardente, mas você sabia que, além de adicionar cor e ser um ingrediente indispensável da culinária brasileira, esse ingrediente também pode dar aquela ajudinha na saúde?

Usada pelos indígenas para alimentação e rituais de cura, a iguaria é um ótimo antioxidante – prevenindo doenças crônicas e o envelhecimento precoce – e ajuda a controlar os níveis de glicose e colesterol no sangue.

Ficou curioso para conhecer um pouco mais sobre esse condimento e, quem sabe, se aventurar? Fique com a gente e confira a variedade de pimentas que podemos encontrar e descubra como utilizá-las.

Quais os tipos de pimenta mais consumidos no Brasil?

Sem dúvida nenhuma, as pimentas fazem parte dos hábitos alimentares de muitos estados brasileiros, que herdaram as tradições dos povos nativos e indígenas e, por isso, as mais consumidas são a dedo-de-moça, biquinho, malagueta, rosa, caiena e a mais popular: a pimenta-do-reino.

E, se você é daquelas que precisa ver para identificar, dá uma olhada neste resumo dos tipos de pimenta que existem por aí:

Resumo tipos de pimenta

1.  Dedo-de-moça

Dedo-de-moça

Nativa do Peru, a pimenta dedo-de-moça é um dos frutos salgados mais consumidos no Brasil. Ela possui potência média e suave quando comparada aos outros tipos.

Utilizada com frequência nos estados do Norte e Nordeste do país, esse tipo contém uma versatilidade única, podendo ser utilizada em molhos, temperos para carnes, saladas, feijão e até para realçar o sabor de sobremesas.

O fruto contém características típicas, é alongado, curvo e de cor vermelha.

2.  Biquinho

Biquinho

A biquinho, também conhecida como pimenta-de-cheiro, é uma das variedades mais leves, suaves e populares da iguaria, por isso, é uma ótima opção para quem está começando a consumir esse tipo de alimento.

Ela é uma espécie nativa do Brasil e seu cultivo está localizado amplamente na região Sudeste. Com sabor adocicado, essa variedade é pequena, avermelhada e apresenta um bico, o que se tornou sua marca registrada, literalmente.

3.  Malagueta

Malagueta

Essa espécie é originária das regiões tropicais da América do Sul, sendo mais consumida e cultivada no Brasil nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia.

Ela é conhecida por ser a rainha da culinária do Nordeste, onde seu aspecto ardido (e famoso) apimenta pratos como a moqueca, feijoada, bobó de camarão, vatapá e o tão querido acarajé.

4.  Pimenta-rosa

Pimenta-rosa

A aroeira-vermelha, conhecida também como pimenta-rosa, é uma árvore nativa do Brasil e da mesma família da manga e do caju. Por ser uma árvore indicada para arborização urbana, se tornou bastante comum encontrá-las por aí.

Ela possui sabor leve, que contrasta com o seu aroma intenso, e é utilizada em drinks com gin, chocolates – o famoso chocolate com pimenta –, saladas e geleias.

5.  Caiena

Caiena

A pimenta caiena, conhecida também como pimenta-aji, é originária da cidade de Cayenne, capital da Guiana Francesa. Ela é amplamente utilizada no Brasil, assim como na cozinha mexicana e tailandesa, em pratos que se destacam pelo ardor intenso dessa variedade.

Inclusive, pode ser encontrada de diversas formas no mercado: em conserva, crua, em pó, em cápsulas e fresca. É usada também pela indústria cosmética para produção de produtos dermatológicos e como suplemento alimentar.

6.  Pimenta-do-reino

Pimenta-do-reino

É bem semelhante à pimenta-preta e ambas se diferenciam apenas pelo estágio de maturação, pois são desidratadas para comércio em fases diferentes de crescimento.

Originária da Ásia e com ardência na medida certa, ela ganhou o mundo quando começou a ser usada pelos colonizadores portugueses e, hoje em dia, é difícil quem não tenha esse tempero em casa, que se tornou curinga para receitas salgadas e principalmente para carnes.

Conheça as vantagens de consumir essa especiaria e apimentar suas receitas diariamente!

Quais os benefícios da pimenta para a saúde?

Além de extremamente saborosas, as pimentas são saudáveis e carregam consigo diversos benefícios para a saúde. Elas possuem vitamina C e E, que ajudam no combate ao colesterol, auxiliam na perda de peso, combatem o câncer e têm ação anti-inflamatória.

Agora que você já conhece os nomes das pimentas mais consumidas por nós, brasileiros, descubra também as vantagens de consumi-las!

1.  Ajuda no controle do diabetes

Um estudo publicado na revista científica Food Chemistry pela Singapore Institute for Clinical Sciences no ano de 2016 concluiu que algumas especiarias — como o açafrão, cominho e as pimentas — possuem compostos que atuam no controle da glicose.

Ao serem consumidas, elas diminuem a absorção intestinal de açúcar e protegem as células pancreáticas produtoras de insulina, hormônio responsável pela redução e controle dos níveis de glicose no sangue.

Além disso, são capazes de auxiliar na manutenção dos diabetes tipo 1 e tipo 2 e possuem propriedades analgésicas, aliviando as dores causadas pela doença, que lesiona os nervos, causando fortes incômodos aos portadores.

2.  Tem ação termogênica e emagrecedora

A pimenta pode ser sua grande aliada na hora de perder aqueles quilinhos a mais, sabe por quê? Ela possui capsaicina, que, além de ser responsável pela principal característica dessa especiaria, a ardência, também apresenta potente ação termogênica.

A substância é capaz de aumentar a temperatura corporal e a atividade metabólica do nosso organismo em até 20%, acelerando a queima de gordura corporal e proporcionando um alto gasto energético.

3.  Auxilia na produção de hormônios

O consumo frequente de pimenta permite que a capsaicina estimule a produção do hormônio da felicidade, a endorfina. Esse neurotransmissor é responsável pela sensação de bem-estar e é capaz até de deixar você de bom humor!

A endorfina é liberada quando realizamos qualquer tipo de atividade física, como corrida, caminhadas e natação. Ela é considerada o analgésico natural do corpo e é uma resposta para situações de dor ou estresse, criando uma sensação geral de bem-estar.

Além disso, a capsaicina, substância presente na pimenta, estimula a produção de melatonina, outro hormônio produzido pelo corpo e que é responsável pela qualidade e indução do sono.

Pelo que podemos perceber, quem consome pimenta regularmente é mais feliz, você não acha?

Quais as espécies de pimentas mais famosas?

Aqui na América do Sul, as espécies de pimentas mais famosas pertencem ao gênero Capsicum e são as mais saudáveis. Dentre elas, estão algumas que listamos acima: dedo-de-moça, biquinho, cumari e a malagueta.

Esse gênero ainda abrange a pimenta jalapeño, que é originária do México, de sabor forte e muito usada na culinária mexicana, a Bhut Jolokia e a Carolina Reaper, reconhecidas pelo Guinness World Records como as pimentas mais picantes e ardidas do mundo.

O tipo Carolina Reaper é resultado de um cruzamento entre duas espécies, a Habanero – tipo extremamente picante e bem mais ardido que a malagueta – e a Bhut Jolokia, por isso, atualmente, ela ocupa o primeiro lugar no quesito ardência.

Falando em ardência, você já pensou como é medido o grau de ardência de plantas e alimentos como a pimenta? Não? A gente conta!

Descubra como se mede o grau de ardência das pimentas

Uma coisa é certa, quanto mais picante a pimenta, mais capsaicina ela possui. Isso porque a substância, que fica concentrada na placenta – parte branca onde estão concentradas as sementes da pimenta –, é que define a ardência do vegetal.

Se você não é muito fã dessa iguaria, mas quer usufruir dos benefícios dela, fique tranquilo! A boa notícia é que nem todas as pimentas são tão ardentes assim, inclusive, existe uma escala que define o grau de ardência de cada uma.

Nós estamos falando da Escala de Scoville, criada em 1912 pelo americano Wilbur Scoville para mensurar a picância ou “grau de calor” das pimentas e, consequentemente, a quantidade de capsaicina encontrada na diversidade de pimentas que existem.

O teste criado por Wilbur consistia em diluir o condimento puro em uma solução de água com açúcar até que a ardência não fosse mais percebida por quem estava provando.

Depois disso, a escala foi criada: cada 1 xícara de pimenta, que equivale a 1.000 xícaras de água, corresponde a 1.000 na Escala de Scoville. Algumas mais leves podem precisar de até 500 xícaras de água, enquanto outras precisam de até 2 milhões.

Acompanhe abaixo a tabela para saber o grau de ardência de alguns tipos delas.

Tipo de pimenta Escala de Scoville (SHU)
Pimenta biquinho 1.000
Jalapeño 2.500 - 8.000
Dedo-de-moça 5.000 - 15.000
Serrano 10.000 - 25.000
Caiena 30.000 - 50.000
Carolina Reaper 1.150.000 - 2.000.000

Que tal adicionar essas delícias no seu dia a dia? A seguir, saiba como usá-las na cozinha e garantir cor, sabor e aroma para as suas receitas!

Pimenta: saiba como usar o vegetal em suas preparações

Você pode não saber ainda, mas, quando manipulado de forma correta, o condimento tem o poder de acentuar, harmonizar e dar aquele toque especial aos mais variados pratos.

Em geral, as pimentas podem ser utilizadas de diversas formas para temperar e dar aquele gostinho diferente até para as comidas mais simples, seja crua, em pedaços, moída, desidratada ou em conserva, ela vai bem com todos os tipos de carne e frutos do mar.

Lembre-se: a melhor maneira de consumir o fruto é comendo-o fresco, assim, você garante que todos os nutrientes sejam mantidos e que nenhuma vitamina importante seja perdida no meio do processo.

E, se você não quer a sensação de estar com a boca pegando fogo, mas quer usufruir do gosto inigualável que elas proporcionam, aqui vai uma dica infalível: retire todas as sementes da pimenta antes de adicioná-la à preparação.

Já se você acha que exagerou na quantidade de pimenta, pode adicionar iogurte natural, que contém caseína e neutraliza a ardência do ingrediente ou apostar em um prato agridoce e adicionar mel, alimento que se sobrepõe e diminui o desconforto.

Viu só como as pimentas não são um “bicho de sete cabeças”? Pare de passar vontade! Aproveite nossas dicas e todos os benefícios desse alimento saudável e delicioso. Boa sorte nessa aventura!

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